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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Carvalho, João Manuel Teixeira de
1834-03-18
Foi nomeada uma comissão dos vereadores Teixeira de Carvalho, Veloso da Cruz e Francisco da Rocha Soares, para "examinar os planos que há já feitos sobre a mudança da ponte do Rio Douro".
1835-01-07
Ofício do Provedor, no qual pede para mandar colocar dois lampiões nos sítios do Sério e Carvalhido, que os guarda-barreiras lhe haviam requisitado. A Câmara mandou satisfazer a requisição.
¶ Ofício do Provedor a pedir à Câmara para designar um lugar na Casa do Concelho, de modo a ali se colocar o Cartório da Provedoria, argumentando com uma portaria dirigida ao Presidente da Relação desta cidade pelo Ministério dos Negócios da Justiça em data de 16 de dezembro passado e publicado na Gazeta Oficial do dia 18.
¶ Dois ofícios do Brigadeiro Paulet, diretor das Obras do Cais do Rio Douro, em reposta a outros que lhe haviam sido dirigidos, declarando num que não tinha atualmente madeira debaixo da sua inspeção de que pudesse dispor e declarando no outro que tinha mandado proceder à construção das escadas no Cais da Ribeira por empreitada, que havia ajustado por doze moedas.
¶ O Presidente propôs que se tornasse da responsabilidade das Obras Públicas do Concelho a obra principiada no Largo de S. Lázaro, para ser costeada pelo Cofre da Câmara a sua conclusão, ou seja, terraplenar a desigualdade do passeio e circundar o largo de uma parede, para evitar a perda que, de contrário, se seguiria da obra principiada. Todos os vereadores presentes concordaram, exceto o vereador fiscal João Manuel Teixeira de Carvalho e o vereador Francisco da Rocha Soares, que foram da opinião "que nem a obra se tomasse por conta da Ilustríssima Câmara, nem para o seu custeio se prestasse a mais pequena soma; vencendo-se todavia, não obstante a sua oposição, que a obra se continuasse por ora até o ponto que se tem mencionado, mas que qualquer soma que se houvesse de despender fosse despendida diretamente pela Municipalidade, e por ela inspecionada a obra, como qualquer outra do Concelho, e pelo mesmo teor".
1835-01-14
Ofício do prefeito, em resposta ao que se lhe dirigiu em data de dez do corrente, declarando que o passeio e jardim do Largo de S. Lázaro não era, nem podia ser, obra da Prefeitura.
¶ Escreveu-se aos juízes pedâneos das freguesias da Sé, S. Nicolau e Santo Ildefonso para que fizessem com que as ruas estivessem limpas e desentulhadas na ocasião em que houvesse de ter lugar o préstito que havia de acompanhar o Coração do Duque de Bragança.
¶ Participou-se ao Cabido e ao bispo a alteração que se havia feito no trajeto do préstito na sobredita ocasião, assentando-se – contra o voto dos vereadores João Manuel Teixeira de Carvalho e José Francisco Fernandes – que ele viesse pela Rua de Santo António ao Largo da Batalha, e dali à Sé pela Rua do Cativo.
1835-01-21
Ofício de José Pedro Cardoso e Silva, major da Praça, requisitando em nome e por ordem do Governador das Armas que os dois médicos da Saúde Pública fossem mandados comparecer no Hospital do Anjo, para ali se proceder a uma vistoria e, juntamente com eles, os mestres das obras públicas.
¶ Mandou-se portaria para fazer demolir umas barracas de madeira que se achavam edificadas em terreno público defronte da Igreja de Nossa Senhora da Graça.
¶ A Câmara ordenou que se abrisse uma fonte no Largo do Laranjal, por ser de utilidade pública, rejeitando a oferta de Alexandre José Soares Veloso, que pretendia vender certa porção de água para a mesma fonte.
¶ Tomou-se em consideração a proposta do vereador João Manuel Teixeira de Carvalho para que se passasse a denominar, o Largo do Mirante, Praça do Coronel Pacheco, em memória do mesmo coronel. A proposta foi aprovada por todos, mas ficou para ser executada quando se tratasse de um plano geral a este respeito, "pois era necessário formar um quadro histórico que representasse as ações e heroísmos praticados no Cerco da Cidade, para assim perpetuar a memória de seus feitos; e que neste quadro geral entraria o sítio de que se trata".
1835-04-11
Ofício do Provedor com os autos de vistoria a que procedera no aqueduto da fonte pública da Rua do Almada.
¶ Participara-se à Direção da Associação Comercial que a Câmara tinha anuído aos desejos que aquela tinha manifestado para que a rua nova que vai abrir-se na Praça do Comércio se denominasse Ferreira Borges, deliberação que foi tomada por votos da maioria e contra a opinião nomeadamente dos vereadores João Manuel Teixeira de Carvalho, José Francisco Fernandes e Francisco da Rocha Soares, que votaram que se denominasse «do Comércio».
1835-10-28
Carta do Prior e Mesários da Ordem da Trindade, pedindo a suspensão do acordo que mandava demolir um telheiro que se achava levantado no largo junto à igreja. Respondeu-se-lhe que não havia lugar a revogar a ordem.
¶ À Comissão de Recenseamento, respondeu-se que as grades para colocar as listas deviam existir na Igreja de Santo Ildefonso desde o ano passado.
¶ Por proposta do vereador Rocha Soares, foi definitivamente tomada em consideração a mudança de nomes de algumas ruas, apresentado e discutido há tempos pelo vereador Teixeira de Carvalho: "e sendo registada a proposta do vereador Magalhães Lima que requereu o adiamento deste objeto para quando estivessem presentes os vereadores Costa e Pereira, se resolveu que a Rua ou Largo do Olival se denominasse Largo dos Mártires da Pátria; a Praça da Feira do Pão, Praça dos Voluntários da Rainha; a do Mirante, do Coronel Pacheco; e a do Carvalhido, do Exército Libertador; que o campo de Santo Ovídio se chamasse Campo da Regeneração; e o da Torre da Marca, do Duque de Bragança; que a Rua de Santo Ovídio se chamasse Rua 16 de Maio; a do Reimão, desde o Jardim de S. Lázaro até o princípio da calçada que desce para a Campanhã, de 29 de Setembro; a da Boavista desde a Rua de Cedofeita para o poente, Rua 25 de Julho; a continuação da Rua do Bolhão desde a Capela das Almas, Rua de Fernandes Tomás; desde o Largo do Carvalhido até à Fonte de Cedofeita, Rua 9 de Julho; Rua Direita de Santo Ildefonso, desde o Largo do Poço das Patas até ao de Santo Ildefonso, Rua 23 de Julho; o postigo do Sol, Bateria do Postigo do Sol; o Terreiro da Alfândega, Bateria do Terreiro da Alfândega; Largo das Virtudes, Bateria das Virtudes; e o Largo da Vitória, Bateria da Vitória".